quarta-feira, 30 de abril de 2008

As velas são diferentes. Choram enquanto iluminam. Suas lágrimas nascidas do fogo transbordam e escorrem pelo seu corpo. Choram por saber que para brilhar é preciso morrer. Não é possível contemplar uma vela no seu trabalho de luz sem sentir um pouco de tristeza. Sua chama modesta, modulada por indecisões e tremores, faz-me voltar sobre mim mesmo. Também sou assim. Minha chama vacila ao ser tocada pelo vento. Por isso, posso chamá-la de minha vela. Somos feitos de uma mesma substância. Temos um destino comum.

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